domingo, 9 de agosto de 2009

O futuro pertence aos jovens

Já tem um tempo que eu venho tentando entrar no site da prefeitura de São Paulo a fim de conseguir algumas informações relativas às universidades federais/estaduais.

Já faz um tempo que um amigo que cursa Medicina na USP me falou que Quércia, durante o seu governo, aprovou uma lei que decretava que 1% de todo o capital arrecadado em todo o estado de São Paulo (ou algo do gênero) devia ser destinado às suas faculdades. Não sei bem até onde vai a verdade e até onde vai a mentira nessa história – sendo bem sincera, não sei nem ao menos se existe algo de verdadeiro nela. Mesmo sem saber, eu venho repassando-a toda vez que alguém cita a superioridade acadêmica paulista ou comenta sobre o atual estado das faculdades brasileiras no geral.

Tomando vergonha na cara, eu tentei entrar em contato com quem realmente tem acesso a esse tipo de informação; fui imediatamente podada pelo servidor do site da prefeitura paulista. Revolução virtual ,meus amigos.

Quanto ao assunto de dinheiro e universidades, a questão é complicada e amplamente debatida. Por mais que as universidades paulistas apresentem graves problemas relacionados à infra-estrutura, material e corpo docente, não há bem como negar que, comparadas com outras grandes instituições de prestígio brasileiras, aquelas apresentam-se em um patamar visivelmente superior.

Brasília, capital federal, sede de uma das melhores faculdades do país, a UnB.

Não é realmente difícil se dar conta dos problemas que acometem a faculdade; basta passar uma hora passeando em meio aos alunos. Visivelmente precisando de uma reforçada reforma, a UnB, mesmo desgastada, ainda apresenta-se grandiosamente. Os problemas vão dos desgastes das paredes à falta de segurança no campus durante a noite. Não há espelhos e papel higiênico nos banheiros – “Aluno da UnB que é aluno da UnB sempre carrega um rolo dentro da mochila”. As infiltrações são aparentes e várias vezes os alunos deparam-se com situações que não seriam exatamente normais em condições perfeitas: o aglomerado dos C.A.’s (Centros Acadêmicos) de História, Geografia e Filosofia, popularmente chamado de CA 3 já sofreu os opostos. Em menos de dois anos, o C.A. de História pegou fogo e o de Filosofia sofreu uma enchente durante uma tempestade. Os acontecimentos não são exatamente desconhecidos dos calouros – ou bixos. As marcas ainda apresentam-se no ambiente que é destinado ao descanso e encontro dos alunos – as dezenas de cartolinas mofadas, ainda molhadas da enchente foram retiradas do C.A. de Filosofia somente no final do 2º semestre de 2006, quando uma turma de calouros optou por fazer uma limpeza geral no espaço. Quanto ao incêndio, basta entrar no C.A. 3 e olhar para os tetos – as manchas pretas das labaredas continuam lá,como que intactas.

O clima de Brasília é sensivelmente mais ameno do que o de São Paulo, o que torna-se um motivo de agradecimento por parte dos universitários da capital federal. As salas de aula e os auditórios (nestes não encontramos nem quatro cadeiras seguidas em estados de conservação que possibilitassem a sua utilização) variam do calor intenso ao mais incômodo frio.

Só quem já passou pela situação sabe como é: ficar anos estudando no segundo grau – ou cursinho, que seja – para passar em uma faculdade federal para chegar lá e ver que as coisas não estão nem perto do paraíso suspenso que era apresentado nas aulas de física mecânica.

Como exemplo tomo uma situação que ocorreu com um aluno da graduação em Ciências Biológicas na Universidade de Brasília. Ele realizou um procedimento tal, simples, que levava alguns compostos químicos. Na mesma semana, foi convidado por um colega – que também cursava Ciências Biológicas, porém em uma faculdade particular do DF – a repetir o mesmo experimento, agora no laboratório da unidade particular. Utilizando-se de novos elementos e utensílios, o resultado foi completamente diferente, o que coloca em xeque o grau de uso e a validade dos materiais que são colocados à disposição dos alunos.

Quanto às dúvidas que envolvem a ocorrência ou não das aulas, estas já foram compartilhadas por todos os alunos pelo menos uma vez. Além dos professores que ausentam-se durante meses da sala de aula sem pudor algum, ainda existe o Monstro de Sete Cabeças de todas as faculdades públicas: A Greve.

A greve é certa, pelo menos duas vezes durante uma graduação normal (4,5 anos). Impedidos de fazer alguma coisa, resta aos alunos esperar e suportar as conseqüências impostas ao corpo docente.

Resta aos alunos saber a ocorrência exata de greves nos anos, para que eles assim possam programar suas férias de verão - ou inverno.... ou primavera... ou outono.

Cheers, hot!

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