domingo, 13 de junho de 2010

Mulher.

(Pagu, 1929)




Mulheres, mulheres, mulheres.
Muito é falado sobre nós, pouco é dito.

Ser mulher é, antes de mais nada, estar sempre pronta para ouvir de tudo e enxugar aquilo que possa ser reutilizado para a formação de uma afirmação, senão verdadeira, pelo menos plausível.
Nós temos o poder do otimismo.
Nós temos o brilho da vontade.
Ser mulher é ser cobrada todos os dias em todos os âmbitos de sua vida – familiar, pessoal, profissional, residencial, corporal, sexual. Deparamo-nos, então, com os ossos do ofício de sermos seres que não batalham pela subsistência, mas pela vivência plena.
Não importa que o novo chefe não tenha ido com a sua cara no mesmo dia em que você não teve tempo de levar o cachorro ao veterinário, a faxineira faltou e seus pais vão jantar na sua casa – dá-se um jeito. Nós damos um jeito.
E não é um jeito qualquer – é algo que nos compete, que nos supre. É algo de suma competência feminina. É intrínseco, faz parte de nós, faz parte do nosso “je ne sais quoi”.

E então, me perguntam: como entender as mulheres?
A meu ver, não é uma questão de compreensão, mas de visão; cabe àqueles que querem ver a nossa verdadeira essência, a verdadeira identidade feminina.
As mulheres?
Mulheres somos nós.
Mulheres somos nós, com nossas pernas, nossos braços, barrigas e bustos. Com nossos cabelos, narizes e olhos. Completamente diferentes.
Mulheres, somos. Nada mais que humanas. Todas nós.

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